DIA DE VOTO. VALE A PENA VOTAR NAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Hoje, 6 de Outubro de 2019, mais um dia de eleições cá em Portugal.
Será que vale a pena haver eleições enquanto que as promessas de cada partido são iguais e só 10% serão realizadas? Ou trazem algo novo?
Surgiram partidos novos como o PAN (Partido Animal e Natureza), o RIR (Reagir, Incluir e Reciclar), entre outros.

O PAN é talvez o partido mais problemático, isto sem falar dos partidos principais "PS (Partido Socialista) e o PSD (Partido Social Democrata)". Se o PAN vencer as eleições o preço da carne poderá aumentar cada vez mais e querer a obrigar os portugueses a deixarem de comer carne e peixe, talvez isto não seja o pior de tudo. O pior de tudo nestas legislativas "falando no geral de todos os partidos" ,poderá ser o aumento do custo de vida dos portugueses e o salário minimo ficar nos 600€ e é inadmissível que as entidades como a EDP, Bancos e outras entidades com lucros chorudos estarem a cobrar elevadíssimas dívidas aos portugueses.

Um casal que ganhe 600€/mês ao todo são 1200€ e tem de pagar 1000€ de dívidas "água, luz, gas, casa e carro", fica com 200€ de saldo, esses 200€, 180€ são para pagar os estudos do filho e assim restando 20€ em que tem de dar para comer e beber em casa e para o filho comer e beber na escola e imaginem se o casal tivesse mais do um filho, a familia iria ter de viver debaixo da ponte ou ir p'ra serra dar o cu p'ra ganhar dinheiro.

Exemplo de um estudante que trabalhe em part-time. Um emprego part-time tem salário minimo de 300€ e pagar os estudos numa faculdade ou universidade não chega para o aluno poder estudar lá.
Acho que está na hora do salário minimo aumentar para 1250€/mês, baixar os custos de vida "dívidas", porque é uma vergonha ver um país que é ligeiramente maior do que o Luxemburgo e ver o Luxemburgo que é tamanho do distrito de Bragança, ter salário minimo 2500€/mês e custo de vida mais caro a nível de mercado mas sem haver as dívidas de pagar casa ao qual cada Luxemburguês chega ao fim do mês com o saldo a 1250€.

As promessas que fizeram, muitas delas relacionadas com o combate ao desemprego.
Mais mentiras para quê? Se querem diminuir desemprego então que obriguem as entidades empregadoras não exigirem habilitações minimas de licenciatura ou fluencias em linguas que ninguem sabe falar.
Isto é um assunto sério, nós os jovens procurarmos e fartamo-nos de procurar emprego até que os empregadores nos batem com a porta na cara ou então quando vemos o dono de um estabelecimento colocar no vidro "precisa-se de empregado/a com ou sem experiência" e temos um curriculum na nossa bolsa e vamos lá mostrar interesse na vaga e temos este tipo de diálogo:
"- Bom dia, estou à procura de emprego, vi você a colocar o seu anúncio e vim aqui demonstrar o meu interesse nesta àrea da sua entidade."
"- Boa dia, peço desculpa mas não estamos a precisar de ninguém."
"- Como assim? Você colocou o anúncio agora..."
"- Isso? Vou ter de tirar dali coloquei ali só para tapar um risco no vidro".
O dono vai ao vidro, remove o anúncio e espera pela nossa saída e nós vamos embora e quando voltamos lá vemos o raio do anúncio a precisar de empregado outra vez no vidro.

Outras promessas.
Turismo que está a ser mal aproveitado cá em Portugal. Os centralistas a quererem roubar os turistas ao Norte e ao Sul do país com a construção do aeroporto de Montijo.

Porque é que Lisboa precisa de um segundo aeroporto? Somos um país pequeno mas de grande glória, mas não é necessário haver um 2º aeroporto em Lisboa o mais justo seria usar esse dinheiro para renovar o aeroporto de Faro ou construír um aeroporto em Bragança e se querem atraír turistas para todo o país, sim aeroporto em Bragança era melhor ou então reabrir todas as linhas de caminho-de-ferro que foram encerradas pelos sucessivos governos.

Falei bem agora nos caminhos-de-ferro. Até 1980, 90% do país estava coberto pelo caminho-de-ferro mas claro desde aí começaram a fechar linhas que hoje em dia seriam linhas turísticas com enorme potencial turistico e económico para o país.

Hoje só temos uma linha de via métrica "Vouga" que à anos está à espera da modernização e eletrificação, mas os governos foram sempre negando preferindo encher os bolsos e gastar algum só na Linha do Norte dizendo que está em mau estado enquanto que só um troço é que está em mau estado e o resto do orçamento servia para modernizar a Linha do Vouga e sem falar de que os comboios de tração elétrica são bastante lentos enquanto que as automotoras são mais rápidas e mais confortáveis. Falemos também das outras linhas como a Linha do Douro (Marco - Barca d'Alva). No plano ferrovia 2020 o governo tinha como prioridade modernizar e eletrificar a Linha do Douro entre Caíde e a Régua, mas só foi até ao Marco, até Régua deve ser lá p'ra 2050 ou 2100.

Os portugueses querem ver a Linha do Douro totalmente aberta, ou seja, toda a Linha que vai de Ermesinde a Barca d'Alva os 200 kms da linha, mas o governo só diz que vai reabrir mas Espanha tem de reabrir a linha do lado deles, ignorando que no troço Barca d'Alva (Portugal) a La Fregeneda (Espanha) a reabertura da linha não pode ser para passagem de comboios porque as 13 pontes que separam as duas localidades no meio de 20 túneis, não tem condições e mesmo com as obras de reparação e reforço, basta um comboio passar lá, que essas pontes caiem logo porque não tem força para aguentar com o comboio no tabuleiro mesmo com pilares modernos, a não ser que Espanha decida construír uma nova linha entre La Fuente de San Esteban e Barca d'Alva, deixando aquela que foi fechada em 1985 ali com os carris para os turistas.
Mas seja como for para reabrir o troço Pocinho - Barca d'Alva também seria necessário construír uma nova linha entre Almendra e Barca d'Alva porque entre as duas estações o caminho não tem condições.

Nas campanhas falou-se também das condições para toda a gente.
Ainda não se vê condições a 100% para pessoas que andam de cadeira de rodas. Ainda se ve caixas de Multibanco demasiado altas para quem anda de cadeira de rodas, ainda não se ve acessos com rampas para quem anda de cadeira de rodas possa aceder e um exemplo é nas automotoras espanholas que a CP arrendou. Os comboios camello tem a entrada muito alta, ou seja, as plataformas das estações são baixas e isso dificulta as crianças e pessoas em cadeira de rodas embarcar.

Podia apontar aqui mais promessas vazias mas vou ficar por aqui se querem ver o estado como ficaram as linhas de caminho-de-ferro de via estreita podem assistir a este vídeo-documentário feito por mim, clicando no play que está aqui em baixo.


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